domingo, 8 de novembro de 2009

Declaração de Direitos Humanos - 13/12/2008

Passados 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos pelas Nações Unidas, pactuada em 10/12/1948, após período de extrema violência e como reação da humanidade aos tempos de horror vividos na Europa e no mundo por conta da 2ª Grande Guerra Mundial, temos o que a comemorar ?

Embora não estejamos hoje em situação similar, a Paz não tem sido a tônica dos nossos tempos. Estamos vivenciando uma guerra silenciosa e contínua no mundo, aquela que busca conquistar e monopolizar os recursos naturais e o poder de uns sobre os outros. Substâncias como petróleo, urânio e coltam são objetos de desejo para manutenção do padrão de vida do denominado mundo rico. Só que esses produtos, na maioria das vezes, são explorados através da utilização de seres humanos subjugados a regime de escravidão, de crianças forçadas a trabalhar em condições que torna inviável o seu desenvolvimento como pessoa plena ou mulheres sem qualquer direito ou liberdade de escolha.

O ópio e a coca, precursores da droga, desligam-se da cultura e uso tradicional para tornarem-se monopólio de associações que controlam o tráfico de entorpecentes, que, por sua vez, estão intimamente ligadas ao tráfico de armas e de pessoas, como o de mulheres, nova modalidade da escravatura a degradar os sistemas ético e moral do mundo.

Após 60 anos, podemos constatar injustiças flagrantes cometidas contra a humanidade, levando a reflexão sobre importantes carências existentes nessa Declaração. Pontuo: a situação das mulheres, a problemática ambiental e o terrorismo, inclusive o estatal. Todas elas mereciam ter menção específica numa Declaração Universal de Direitos da Humanidade.

Coluna do Jornal A Crítica de 13/12/2008

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