segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Estréia da Coluna - 07/03/2008

Meu caro leitor,

Convidada a emitir opinião neste Jornal, verifiquei que a estréia da coluna seria véspera do Dia Internacional da Mulher.

E aí surgiu o dilema: o que eu poderia falar sobre a mulher que alguém já não tenha dito, sem ser piegas ou pouco original ? Busquei inspiração na poesia e na literatura. Consultei livros escritos por psicanalistas que estão na moda e até mensagens de auto-estima com humor sarcástico que circulam na internet.

Nas minhas pesquisas, anotei uma série de temas que poderiam auxiliar a mulher a viver melhor, a superar problemas e conflitos, entendendo sentimentos e conseqüências que eu mesma demorei bastante a compreender, dizeres esses que eu poderia facilmente comentar e desenvolver: “As mulheres de sucesso”; “Coisas que só uma mulher entende”; “A importância do carinho de outras mulheres”; “A natureza dual da mulher”; “Receita infalível para dar a volta por cima: cuide ao mesmo tempo de sua mente, do seu corpo e do seu espírito.

Colecionei até alguns temas polêmicos de relacionamento: “O parceiro: a união com o outro; “As fases do amor: o ciclo da vida-morte-vida”; “Quando o coração é um caçador”; “Assédio moral: terrorismo doméstico e no trabalho”; “A vingança do silêncio”; “O algoz que se transmuda em vítima”. Mas, confesso, nada me deixava satisfeita.

Depois de várias tentativas, resolvi que deveria mesmo era consultar meu coração e buscar inspiração nas mulheres que conheci e com as quais muito aprendi, seja na vida familiar, pessoal ou profissional. Aí surgiu outro problema, ia faltar espaço para mencionar todas elas e suas qualidades.

Decidi, então, que a solução seria dedicar essa estréia a essas mulheres maravilhosas, corajosas, ousadas, perseverantes, esforçadas e criativas, nominando apenas minha bela e sábia mãe “Maria Ernestina” e a minha virtuosa sogra “D. Tereza” – como se faz em saudações de discurso “em nome de quem eu ...” - e assim “abraçar” carinhosamente tantas outras que, trabalhando em casa ou fora dela, contribuem com seu amor incondicional (principal matéria prima do caráter) e com suas renúncias para gerar e formar todos nós.

Coluna do Jornal A Crítica de 07/03/2008

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